segunda-feira, 11 de maio de 2009

ÉTICA, A ARTE DE VIVER

A ARTE DE VIVER A ALEGRIA DE SER UMA PESSOA COM DIGNIDADE

INTRODUÇÃO
Como seres humanos, vivemos no mundo e buscamos ser autores de nossa existência. Assim, queremos escolher e fazer nossas ações, bem como responder por elas. Somos diferentes dos animais e de outras pessoas, porque pensamos diferentemente. Temos inteligência, e o uso da razão nos diferencia de tudo o que existe. Isso é bom, mas também exige mais de cada um. Por isso algumas coisas são essenciais para vivermos juntos.
Apesar dessa condição, podemos realmente escolher e fazer o que queremos? Quase sempre não podemos escolher o que acontece conosco, mas podemos escolher o que fazer perante o que nos acontece.
Muitas vezes, o momento obriga-nos a escolher entre duas possibilidades, embora preferíssemos não precisar escolher. Mas não passamos a vida só pensando nas escolhas que temos de fazer ou não. Analisando nossas vidas, vemos que muitos atos são automáticos, fazem parte das regras e normas da casa, da sociedade, que são estipuladas pela vivência em grupo. Agimos e escolhemos muito sem pensar, sem refletir, pois vivemos situações que passaram a ser regras/normas. Um exemplo disso é levantar no horário estipulado por causa das obrigações, fazer a higiene pessoal, tomar café, ir para o trabalho...
Essas ações repetidas no dia-a-dia podem ser entendidas como regras/normas de convivência social, familiar. Por isso, quando podemos fazer a escolha de não seguir o estipulado, quebramos horários, invertemos nossas ações, e isso pode nos fazer sentir bem ou não. Não precisamos ficar angustiados em reflexões como: faço ou não faço? Às vezes, parar para pensar a respeito de tudo o que fazemos ou não acaba por nos paralisar e não é saudável.
Podemos sim perguntar; por que fiz o que fiz? Por que tomei aquela atitude e não outra? Isso nada mais é do que querer saber os motivos que nos levam a agir. O sentido da palavra motivo aqui colocado é a razão que há ou se acredita que há para fazer algo. Uma das prováveis respostas seria a da existência de regras e normas. Em algumas ações, o motivo é o hábito (sempre fiz ou todos fazem assim...), muitas vezes, nem se pensa o porquê. Como todos fazem dizemos que passou a ser um costume.
Os costumes dão certa comodidade ao seguirmos uma rotina e também por não contrariarmos os demais. Os costumes também implicam obediência a algumas regras. Um exemplo disso é a moda: um tipo de roupa que você é obrigado a vestir, porque é comum entre amigos e você não quer destoar deles.
Por isso, podemos entender que regras/normas, hábitos/costumes parecem ter algo em comum, vêm de fora e não podemos nos posicionar contra eles, por uma série de razões. Os hábitos são repetições dos costumes, que podem constituir-se em regras/normas, mas que, pela repetição e assimilação, estranhamos quando não são feitos.

DIFERENÇA ENTRE ÉTICA E MORAL

Em principio, cabe dizer que os termos ética e moral são usados, muitas vezes, de maneira confusa. Cabe aqui entender o significado etimológico desses dois termos:
- Moral: vem da língua latina, mos-mores, significa costumes ou regras que determinam a vida. Por isso, dizemos que a moral indica normas e valores que orientam a vida do homem numa sociedade.
Assim, a moral busca distinguir o certo do errado, o justo do injusto, o permitido do proibido, o bem do mal. Procura determinar quais ações e atitudes se devem adotar. Quem diz quais são os deveres morais de uma pessoa? A primeira resposta parece ser o grupo social, a turma. Como cada grupo, turma pode ter idéias e ideais diferentes, podemos ter várias morais numa mesma sociedade.
- Ética: vem da língua grega, ethos, significa modo de ser, a forma usada pela pessoa para organizar sua vida em sociedade. É o processo feito pela pessoa de transformar em normas/regras práticas e valores surgidos no grupo e na cultura em que vive.
Assim, a ética tem a moral como base de estudo. Seu papel é analisar as opções feitas pelas pessoas, avaliar os costumes. É a reflexão crítica da moral do grupo, no contexto social e histórico em que ele se encontra. Busca questionar os fundamentos da moral e sua validade. Sendo assim, a ética preocupa-se com analisar, na ação e reflexão, os conflitos do dia-a-dia.
Uma pessoa pode, diante dos comportamentos humanos, da sociedade em que vive, ter uma atitude ética passiva ou ativa.
- Atitude ética passiva é quando a pessoa deixa-se governar por impulsos, inclinações e paixões, balança conforme o momento. Temos, então, uma pessoa que se deixa levar pela boa ou má sorte, pelas opiniões alheias, por medo e vontade dos outros, não tendo consciência, vontade, liberdade e, portanto, responsabilidades.
- Atitude ética ativa é a da pessoa que controla seus impulsos, suas inclinações e paixões, que se questiona sobre o sentido dos valores e dos fins estabelecidos, avalia suas ações diante das regras de conduta, age conscientemente, respeita os outros, é responsável, é autônoma.

SOBRE O BEM E O MAL
O que é o bem e o que é o mal? Essa pergunta vem sendo feita ao longo de toda a história da humanidade. É tida como um dos problemas filosóficos que ocuparam tempo e reflexão de muitos filósofos. Respostas são muitas, e alguns filósofos acharam que suas respostas trouxeram a solução definitiva ao problema. Houve pensadores que buscaram responder a ela por meio de um código de mandamentos ou princípios de conduta.
Vejamos o que alguns filósofos responderam e suas teorias:

- Heráclito – Filósofo da mudança, da transformação. Defendia que o universo resulta da combinação de opostos, o bem e o mal, e eles são duas notas numa harmonia.

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