terça-feira, 11 de maio de 2010

RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICA PROFISSIONALL

A IMPORTÂNCIA DA AUTO-ESTIMA

A forma como nos sentimos acerca de nós mesmos afeta decisivamente todos os aspectos da nossa vida: a forma como agimos no trabalho, nas relações interpessoais, no amor e no sexo; nossos comportamentos como pais e nossas reações aos acontecimentos cotidianos. Todas as dificuldades psicológicas ansiedade, depressão, medo da intimidade e do sucesso, deficiências de aprendizagem e de desempenho no trabalho, disfunções sexuais, etc. - estão relacionadas com a auto-estima negativa. De todos os julgamentos que fazemos, nenhum é tão importante quanto o que fazemos sobre nós mesmos. Quanto maior a nossa auto-estima, maior a probabilidade de sermos criativos e ambiciosos em termos das experiências que esperamos viver e mais possibilidades teremos de manter relações saudáveis em vez de destrutivas. Maior também será nossa possibilidade de lidar com as adversidades da vida e de tratar os outros e a nós mesmos com benevolência e boa vontade. É a auto-estima elevada que nos permite sentir alegria pelo simples fato de existirmos, de estar mos vivos.


Auto-conhecimento é conhecer as partes que compõem o eu, quais são suas manifestações, necessidades e habilidades. É conhecer o porque e como atua e sente a pessoa. Ao conhecer todos os seus elementos, que logicamente não funcionam separadamente, mas que se entrelaçam para se apoiarem um no outro, a pessoa poderá ter uma personalidade forte e unificada. Se uma dessas partes funcionam de maneira deficiente as outras se verão afetadas e sua personalidade poderá ser difícil e dividida, com sentimentos de ineficiência e desvalorização.


Auto-conceito é a percepção, consciente e inconsciente, de quem somos. Inclui a representação mental ou imagem que temos do nosso corpo, das nossas características físicas e psicológicas, das nossas possibilidades e limites, bem como a avaliação que fazemos do que somos.


A auto-estima é o que sentimos sobre o que somos ou imaginamos que somos. É a visão íntima quecada um tem de si mesmo, o julgamento que faz sobre sua capacidade de lidar com os desafios de vida (entender e dominar os problemas) e sobre o direito de ser feliz (respeitar e defender seus interesses e necessidades).


Auto-avaliação reflete a capacidade interna de avaliar as coisas como sendo boas, se são boas para a pessoa, se lhe satisfazem, são interessantes ou enriquecedoras, lhe fazem sentir bem e lhe permitem crescer e aprender; e considerá-las mas se são más para a pessoa, não lhe satisfazem, carecem de interesse, lhe trazem dano e não lhe permite crescer.


Auto-aceitação é admitir e reconhecer todas as partes de si mesmo como um fato, como a forma de ser e sentir, já que somente através da aceitação se pode transformar o que é suscetível de ser transformado. Quando uma pessoa aceita a si mesma plenamente e sem condições, tanto se comporta como não se comporta inteligente, correta e competentemente, tão maior disposiçãoo para mudar aquilo que possa estar detendo seu crescimento pessoal e a reforçar aquilo que pode ajudá-la a ser melhor a cada dia.


Auto-respeito é a certeza que a pessoa tem do próprio valor, de ser merecedora de respeito,

felicidade e amor. É saber o valor que tem sem a ilusão de ser perfeito ou superior a outras pessoas, acreditando que merece e deve buscar a felicidade e a satisfação pessoal.


Auto-eficiência é a confiança que a pessoa tem na própria capacidade de pensar, de entender, de fazer algo. É ela que nos dá a confiança na nossa capacidade de aprender e aprender bem, tudo o que for necessário para alcançarmos nossas metas.


Autoestima é a síntese de todos os passos anteriores. Se uma pessoa se conhece e está consciente de suas mudanças, cria sua própria escala de valores e desenvolve suas capacidades, e se aceita e se respeita, terá uma autoestima sadia. Pelo contrário se uma pessoa não se conhece, tem um conceito pobre de si mesma, não se aceita nem se respeita, então terá uma baixa autoestima.


A CONSTRUÇÃO DA AUTO-ESTIMA


No processo de crescimento, as pessoas podem não formar um auto-conceito positivo em relação a si mesmas, o que as leva a desconsiderar seus próprios potenciais de vida. Na verdade, grande número de pessoas desenvolve sentimentos de inadequação, insegurança, dúvida, culpa e medo de viver plenamente. É um sentimento vago de que não sou suficiente. Viver conscientemente significa gerar o estado mental adequado à tarefa que devemos executar, o que implica entender o contexto, envolver-nos nas atividades, prestar atenção nas pessoas, respeitar os fatos da realidade, tanto os do nosso mundo interior, quanto os do mundo exterior, manter-nos fiel à verdade, buscar aprender. Tentar existir sem pensar nos leva à confusão mental. A todo momento, somos chamados a escolher entre pensar e não pensar. Dependendo das escolhas que fizermos, da racionalidade e da integridade que demonstramos, estabeleceremos o conceito do tipo de pessoa que somos.

Um dos aspectos mais importantes relacionados com o viver consciente, responsavelmente é a independência intelectual. Uma pessoa não pode pensar com a mente de outra. Podemos aprender uns com os outros, mas o verdadeiro conhecimento implica o entendimento, não a mera repetição, imitação.


FUNDAMENTOS DAS RELAÇÕES HUMANAS

Entende-se por relações humanas uma atitude de respeita à pessoas que deve ser adotada no início e ao longo dos relacionamentos entre elas. Essa atitude deve ter como base o fato de reconhecermos estar lidando com seres humanos possuidores de personalidade própria, a qual devemos respeitar. Cada pessoa tem uma maneira própria de sentir e entender as coisas. Para que o relacionamento seja mais proveitoso, é necessário que as pessoas procurem compreender umas à outras. É importante lembrarmos que o relacionamento é dinâmico e envolve trocas. Não é possível dizer que uma relação está pronta, pois ela se faz a cada momento, na troca de experiências das pessoas. Os elementos envolvidos precisam cultivar o relacionamento para que ele exista realmente.

De acordo com este significado mais específico, podemos dizer que onde quer que se estabeleçam ou se mantenham contatos entre pessoas, poderá ou não estar presente aquela atitude que caracteriza as relações humanas. Na ausência dessa atitude, o que resulta é um clima de ressentimento, incompreensão, falta de colaboração, enfim uma atmosfera negativa.

Já nas relações em que essa atitude se faz presente, podemos observar a existência de trocas de experiências baseadas no respeito, na compreensão, na colaboração e na aceitação do indivíduo. Desses relacionamentos, resultarão uma real valorização do indivíduo como pessoa e o fortalecimento de suas relações com outros seres humanos.

O objetivo das relações humanas é melhorar o convívio das pessoas nos diversos grupos sociais de que participam, proporcionando um relacionamento harmonioso ente os seres humanos.


ASSOCIAÇÔES HUMANAS

Se você prosseguir com sua tarefa de observar a vida do homem, verificará que ele convive, do nascimento até a morte, em diversos grupos. O homem é um ser social. Convive com outros homens formando associações ou agrupamentos que podem ser espontâneos (surgidos naturalmente) ou estruturados (organizados por normas). Todas, porem, têm um ou mais objetivos em comum.

Desta forma o homem participa do processo social de uma comunidade e assume compromisso com necessidades coletivas e valores, ou seja, com tudo o que uma sociedade, grupo ou pessoa considera certo ou errado, adequado ou inadequado. Cada um tem uma parcela de responsabilidade no desenvolvimento da comunidade, não sendo possível adiar ou interromper a própria participação. A pessoa que se omite, não participando das decisões e do trabalho do grupo prejudica a comunidade.


Grupo social é a reunião de duas ou mais pessoas que se encontram em interação social, possuindo objetivos comuns, para cujo alcance realizam ações conjugadas.

Para haver grupo social são necessárias, portanto, três condições:

• Interação social.

• Objetivo comum.

• Ação conjugada.


Interação social significa troca de ideias, sentimentos ou ações entre pessoas ou grupos (inter _entre + ações = ação entre).

Cada membro do grupo deve atuar com os outros, trocando influências, para haver interação. Na interação as pessoas entram em contato e influenciam-se mutuamente. A interação social, portanto, implica contato social. A proximidade física não indica que esteja ocorrendo necessariamente um contato social. Para que haja contato social torna-se necessária a troca de influências. Por exemplo: os passageiros de um ônibus estão próximos fisicamente, mas raras vezes se encontram em interação. Você já deve ter tido a experiência de viajar durante horas ao lado de uma pessoa sem estabelecer o menor contato social com ela.

A segunda condição para que haja um grupo social é a existência de objetivos comuns.

Objetivo é aquilo que se pretende alcançar.


Objetivos comuns são metas que várias pessoas pretendem alcançar e, para consegui-las, realizam tarefas comuns, como se constata nos exemplos a seguir:

• Um grupo de funcionários do banco reúne- se para estudar o novo programa do computador. Seu objetivo comum é estudar o novo programa.

• Um grupo de vereadores junta-se para elaborar um novo Projeto de Lei de Tributação. O seu objetivo comum é elaborar o novo Projeto de Lei de Tributação.

Além da interação social e da existência de objetivos comuns, a terceira condição para haver um

grupo social é exatamente a realização de tarefas comuns, a que chamamos ação conjugada.


Ação conjugada é a reunião de esforços para concretização dos objetivos do grupo.

Para que o grupo alcance o primeiro objetivo que exemplificamos anteriormente, vivenciar as relações humanas, qual deve ser a ação conjunta? A ação de aplicar, naturalmente. Mas o objetivo será alcançado com qualquer ação? Evidentemente que não. É necessário que o grupo vivencie as relações humanas, para alcançar sua meta.

Vimos até aqui que, para haver grupo social, é preciso:

• Interação social: troca de influências.

• Objetivos comuns: alvos comuns.

• Ação conjugada: realização de tarefas comuns.

Vamos ver que há dois tipos de ação conjugada

ão conjugada em nível de hierarquia: a palavra hierarquia indica a divisão em graus diferentes.

Por exemplo, numa empresa, a autoridade é distribuída em diferentes graus por diversos elementos:

o presidente e a autoridade máxima; abaixo dele se encontram os diretores, que por sua vez, têm ascendência sobre os chefes de departamento, que coordenam as atividades dos funcionários do setor, e assim por diante.

A ação conjugada, em nível de hierarquia, ocorre quando o grupo é dividido em pequenos subgrupos, com responsabilidades diferentes e as tarefas possuem também graus diversos. No exemplo, cada um dos elementos citados tem tarefas e responsabilidades diferentes.

O outro nível de ação conjugada é o de articulação, quando as tarefas e as responsabilidades de todos os elementos do grupo são do mesmo grau. Neste nível, há uma ação conjunta para realizar ações semelhantes.

Um exemplo deste nível de ação conjugada é a execução de uma pesquisa por um grupo de funcionários.


OS TIPOS DE GRUPOS SOCIAIS

Grupos sociais são diferentes e podem ser classificados em primários ou secundários.

Grupos primários são aqueles em que os indivíduos estão em contato direto e íntimo, havendouma preocupação mútua entre todos os seus integrantes.

As principais características dos grupos primários são:

• Maior intimidade nas relações entre os membros (contatos face a face frequentes e espontâneos).

• Cooperação mútua (envolvimento total entre as pessoas, de modo que todos se preocupem

com todos.

• Sentimento de amor, afeição, lealdade, dedicação entre os integrantes.

Nos grupos primários, há maior interação entre os membros e, consequentemente, maior união entre eles.

São grupos sociais primários a família, a vizinhança, o grupo de amigos, o grupo de colegas que trabalham na mesma seção, o grupo de integrantes de uma equipe de futebol, etc. Todos eles apresentam as características citadas.

Grupos secundários são aqueles em que o relacionamento é distante, não envolvimento recíproco entre os elementos, e o que mantém o grupo unido são os objetivos comuns, sem que haja um relacionamento afetivo entre seus membros.

As características dos grupos secundários são as seguintes:

• Contatos indiretos, menos frequentes e menos espontâneos.

• Pequeno ou nenhum envolvimento afetivo entre os membros.

• Relações impessoais ou formais.

• União basicamente, em torno dos objetivos comuns.

• Em geral, numerosos e diferenciados.

Nos grupos secundários, a integração entre os membros é menor, assim como a coesão, o que torna mais fácil a ocorrência de desagregação do grupo.

São grupos sociais secundários: nação, escola, empresa, clube, partido político.

Veja que os grupos numerosos e diferenciados são secundários. Dentre deles, porém, formam-se grupos primários: a família e os grupos formam-se na Nação; o grupo de colegas que estuda junto forma-se na escola; os grupos profissionais formam-se na empresa ou repartição pública.

2 comentários:

  1. Boa tarde, como está? Seu O Mural do Conhecimento é muito bom. O blog filosofia e Vida já está pronto . Muito obrigado a ceder alguns artigo para publicar no Filosofia e Vida. Com certeza farei isso, seus artigos são ótimos. Quando eu publicar algo do Mural do Conheciemnto, o colocarei como colaborador! Fica mais justo, e também adicionarei seu Banner no blog. Um abraço!

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  2. Boa tarde!
    Gostei de seus artigos, tenho acompanhado seu trabalho. De onde vem tanta inspiração? É vc mesmo quem escreve os artigos.
    Parabéns!!

    Att,
    Santula.

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