segunda-feira, 23 de maio de 2011

CUIDADO COM A INTERPRETAÇÃO



Num determinado país, havia uma lei obrigando que todos os casais tivessem filhos  em menos de cinco anos . Terminado o prazo, o governo nomearia um Agente Auxiliar para cada casal que não tivesse pelo menos um filho.
Segue abaixo o diálogo entre um desses casais que não tiveram filhos:
-       Querido, hoje completamos o quinto aniversário de casamento.
-       É, e infelizmente não tivemos um herdeiro.
-       Será que eles vão enviar o tal Agente Auxiliar?
-       Não sei.
-       Eu menos ainda.
-       Vou sair, pois estou atrasado para o trabalho.
Logo após a saída do marido batem na porta. Era um fotógrafo de crianças que se enganara de endereço.
-       Bom dia! Eu sou...
-       Ah! Já sei... Pode entrar.
-       Seu marido está em casa?
-       Não. Foi trabalhar.
-       Presumo que ele esteja a par...
-       Sim, ele está a par e também concorda.
-       Ótimo. Então vamos começar.
-       Mas já? Assim tão rápido?
-       Preciso ser breve, pois ainda tenho dezesseis casais para visitar.
-       Puxa! O senhor agüenta?
-       Agüento sim, pois gosto do meu trabalho. Ele me dá muito prazer.
-       Então como vamos fazer?
-       Permita-me sugerir: uma no quarto, duas no sofá, duas no tapete, uma no corredor, duas na cozinha e a última no banheiro.
-       Nossa! Não é muito?
-       Não. Tenho comigo algumas amostras de meus últimos trabalhos (mostrando fotos de crianças). São belos, não?
-       Como são lindos estes bebês! O senhor os fez?
-       Sim, esse aqui foi conseguido na porta do supermercado.
-       Nossa! Não lhe parece um tanto público?
-       Sim. Mas a mãe era artista de cinema e queria publicidade.
-       Que horror!
-       Foi um dos serviços mais duros que já fiz.
-       Imagino...
-       Este foi feito em um parque de diversões, em pleno inverno.
-       Credo! Como o senhor conseguiu?
-       Não foi fácil. Como se não bastasse a neve caindo, tinha ainda uma multidão em cima de nós. Quase que não consigo acabar...
-       Ainda bem que sou discreta e não quero que ninguém nos veja.
-       Ótimo. Eu também prefiro assim. Agora, se me der licença, vou armar o meu tripé.
-       Tripé? Para quê?
-       Bem, madame, é necessário. O meu instrumento de trabalho, além de pesado depois de pronto, mede quase um metro de comprimento. Além disso, ainda tem um problema. Nem todos consigo fazer sorrir na hora de sair o passarinho.
A mulher desmaiou...

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