- Desde quando o ser humano faz uso de conhecimento para viver e produzir ?
Conhecimento é algo importante para a vida humana ?
A Produção de informação
Produzimos mais dados e informações do que somos capazes de sintetizar
Um dos maiores problemas que enfrentamos, hoje, não é a falta, mas o excesso de informações disponíveis.
A Gestão das Inovações
Criatividade (humana)
Novas Idéias
(“novos” conhecimentos)
Invenção (“algo” novo)
Inovação (mercado)
A Massificação da Internet
- Democratização do acesso à informação
- Trabalho virtual x Empresa virtual
- Comércio eletrônico
- Espionagem eletrônica
- Acesso global à informação
- Fácil acesso às informações informais
A Economia do Conhecimento
- Capital intelectual
- Produtos mais complexos
- Mais conhecimento multidisciplinar agregado
Gestão do Conhecimento é o processo sistemático de identificação, criação, renovação e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida de uma organização.
Gestão do Conhecimento:
condição para evitar o fenômeno da ALIENAÇÃO
- Que olhar temos lançado sobre a formação dos nossos professores diante dessas demandas?
O reconhecimento da importância do professor no desempenho de seu papel de educador não depende exclusivamente dele, mas principalmente da escola como instituição social.
A alienação de seu trabalho ocorre quando ele ignora a realidade à sua volta, e reduz seu trabalho a uma rotina de sala de aula, cujo objetivo restringe-se à mera transmissão de informações, postura que não condiz com seu papel de educador.
REFLEXÃO A PARTIR DE FALAS CORRENTES NO MEIO DOCENTE
(Você recomendaria o magistério ao seu filho?) "...só se for muito predestinado como eu."
Ao afirmar sua predestinação ao magistério, o sujeito faz uso de um discurso que destitui a escolha profissional de seu caráter de liberdade, não a relacionando a uma opção consciente e crítica.
"Minha expectativa quanto à profissão, na época em que me formei, em termos de ideal, acho que aumentou. Eu ainda acredito nesta profissão. É uma pena que muitos não acreditem."
Esse discurso vincula profissão a ideal, desconsiderando que professores são profissionais, com direito à satisfação de suas expectativas, que dizem respeito a condições de trabalho adequadas e busca por realização profissional.
"Sim (considera-se realizado profissionalmente), só sonho em um dia poder ganhar bem e fazer jus ao meu trabalho."
O discurso acima revela um sujeito consciente de que seu salário não corresponde ao seu desempenho profissional. O sujeito apresenta auto-estima equilibrada, pois reconhece seu valor e de seu trabalho.
" O professor já existia desde a Grécia. Era o pedagogo. Sabia que o pedagogo era escravo naquela época? O professor sempre teve isso de escravo. Começou daí."
Esse discurso revela uma ideologia alienante, na qual o sujeito se vê sem liberdade de escolha, sem opção de mudança, portanto, acomodado, tendo em vista que a realidade lhe é apresentada como fruto de um passado que tende a se perpetuar.
"Os tecnocratas estão lá em cima e dizem que tem de ser assim, mas eles não têm a prática que o professor tem, e o professor nunca é consultado para saber o que poderia ser feito. Nunca. Quando vem, vem a ordem e acabou."
Esse comportamento é fato social, reproduzido frequentemente nas relações humanas, em casa, no trabalho, na escola, impedindo a liberdade do sujeito de participar, criticar sua própria atuação e a do outro, cobrar melhor desempenho de ambos e construir mudanças que viabilizem uma sociedade onde haja oportunidade de crescimento para todos os homens.
"Eu não queria sair do magistério. O outro emprego em termos de remuneração era superior, mas quando nos tornamos efetivos a gente se torna mais estável, e naquela época tinha acabado de passar no concurso."
O discurso revela uma prática social: usar a estabilidade no emprego para compensar o baixo salário pago ao profissional, visando mantê-lo trabalhando, mesmo estando insatisfeito profissionalmente.
"Às vezes eu passo no corredor, vejo os professores dando aula, tenho vontade de entrar na sala e me intrometer, porque as meninas têm dificuldades de lidar com os alunos indisciplinados. Eu grito e ai do demônio que continuar bagunçando. Pelo menos é assim que eu faço com os meus. Olha, eles aprendem muito mais que os outros alunos das outras classes, e todos os pais me adoram."
O sujeito se utiliza de um discurso autoritário que estabelece para si uma posição privilegiada em relação ao aluno e aos demais profissionais da escola, e o faz com a aprovação da comunidade em que está inserido. Esse discurso reproduz a ideologia que aliena os envolvidos no processo educacional, ao impedir que o homem se posicione como sujeito no mundo, capaz de criticar tanto sua atuação quanto a do outro.
"Há 20 anos o aluno era compenetrado, responsável e queria aprender. Atualmente existe uma nova clientela, por isso é necessário o professor se atualizar para se adequar à nova realidade. Hoje o professor tem que encontrar diferentes formas para conseguir passar sua experiência. As relações entre as pessoas estão mais frias em consequência do número grande de alunos na sala de aula. O professor tem que se adaptar a essas novas mudanças."
O discurso afirma que devido ao fato do aluno não ser mais compenetrado, responsável e nem querer aprender, o professor precisa se atualizar para se adequar à nova realidade e a essa nova clientela. O efeito dessa ideologia é levar o indivíduo a conviver com o problema, sem questionar suas causas, e conseqüentemente, sem encontrar a solução.
"A escola pública é um laboratório. Ela me permitiu errar."
O sentido implícito na afirmação de que a escola pública permite errar é o de que a escola da rede privada não o permite, ou seja, o desempenho do profissional varia de acordo com o público alvo de seu trabalho. o sujeito que fala é ideológico, e essa sua fala é recorte de um contexto social que pratica discriminação social nas relações de trabalho.
"(...) Eu seguiria o mesmo processo, com o mesmo entusiasmo, principalmente com o construtivismo. Eu ainda não entendi direito o que é, mas se pudesse recomeçar, eu aplicaria isso na sala de aula."
Esse discurso é ideológico. Seu objetivo é impedir a consciência da necessidade de ser exercitada a capacidade crítica do indivíduo e sua conseqüente participação social. Essa ideologia leva o profissional à alienação e ao descompromisso, pois não lhe confere a responsabilidade na construção dos procedimentos pedagógicos, nem mesmo o questionamento daqueles que são adotados pelo sistema educacional, o que pode levá-lo à aceitação dos métodos porque " a ordem veio e acabou" ou porque está na moda (é elogiado por outros).
"... ao final de cada mês me sinto decepcionada e frustrada, não somente por ser professora, mas também pelos dirigentes do país que não têm seriedade por aqueles que os formaram e os colocaram no poder."
Esse discurso é ideológico e assujeita o indivíduo, pois não possibilita a consciência de sua capacidade de transformar, de continuar participando do poder, provocando no profissional um sentimento de impotência que afeta sua auto-estima, fato agravado pela insatisfação financeira e profissional, marcadas implicitamente no texto pelas falas: "ao final de cada mês" e "não somente por ser professora".
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